Pergunta principal
Quais padrões toda automação deve seguir para ser clara, previsível, fácil de manter e segura — mesmo quando envolve IA, banco de dados e integrações externas?
Resposta direta
Uma automação boa não é a mais complexa — é a mais clara. Ela deve se explicar sozinha, ter início, meio e fim previsíveis, lidar com erros de forma explícita, manter logs úteis e ser fácil de evoluir. Os padrões da Dab Lab garantem que qualquer automação fique limpa, robusta e sem risco de comportamento inesperado.
Visão geral (em um clique)
Toda automação da Dab Lab segue cinco pilares:
Clareza visual
Nomenclatura explícita
Validações antes da lógica
Persistência confiável
Logs e rastreamento
Esses padrões deixam qualquer automação fácil de entender, mesmo meses depois.
- Padrão 1 — Clareza visual (layout com blocos)
Você organiza seus fluxos com blocos horizontais:
[Entrada] → [Validação] → [Preparação] → [Lógica principal] → [Banco] → [Resposta] → [Logs]
Vantagens:
facilita leitura
minimiza erros
deixa óbvio o fluxo
ajuda a depurar
Boas práticas:
caminhos paralelos só quando necessários
evitar cruzar linhas
evitar loops no meio do fluxo visual
usar cores/tags para diferenciar áreas
Esse padrão já te diferencia de 90% dos usuários de n8n.
- Padrão 2 — Nomenclatura explícita
Nome de nó é documentação.
Você nomeia assim:
Entrada - Webhook Principal
Validar Campos Obrigatórios
Sanear → Normalizar JSON
IA → Interpretar Comando
Decisão → Selecionar Ação Correta
Supabase → Insert Diagnóstico
Log → Sucesso
Log → Erro C/ Motivo
Essa clareza reduz custo mental e risco de erro.
- Padrão 3 — Validação sempre antes da lógica
Regra de ouro:
Nunca deixe a lógica trabalhar com dados sujos ou incompletos.
Por isso você sempre:
valida campos essenciais
verifica tipos
checa IDs
garante que nada crítico esteja vazio
interrompe cedo se algo estiver errado (“fail fast”)
Sem isso, automações falham silenciosamente — o pior cenário.
- Padrão 4 — IA em bloco isolado (e sempre com moldura)
IA é poderosa, mas imprevisível. Por isso você sempre:
isola IA num bloco único
dá instrução clara + formato esperado
valida a saída da IA
transforma em estrutura antes de seguir
nunca confia cegamente no resultado
IA sempre fica entre:
validação → IA → revalidação
Isso deixa tudo seguro.
- Padrão 5 — Persistência previsível (Supabase ou Sheets)
Toda automação importante grava:
input
output
status
erros
timestamps
decisões intermediárias
Banco não é opcional — é parte da automação.
Você grava no Supabase porque:
é rápido
é seguro
tem log
tem política de segurança
tem RPC
rastreia uso
facilita auditoria
Planilhas ficam para protótipos ou logs secundários.
- Padrão 6 — Logs explícitos
Nada desaparece no silêncio.
Cada fluxo termina com:
Log - Sucesso
Log - Erro
Log - Parametros (quando preciso)
Logs devem dizer:
o que aconteceu
quando
para quem
com qual payload
com qual resultado
qual decisão foi tomada
Sem logs, não existe automação robusta.
- Padrão 7 — Saída útil (quando há retorno)
Se o fluxo devolve resposta:
deve ser curta
clara
estruturada
sem excessos
livre de ruído
com “status final”
Você já faz isso no Siri → n8n → resposta por voz:
“Anotado! [item] adicionado à lista.”
Simples + direto = premium.
- Padrão 8 — Fail fast (errar cedo, errar claro)
O fluxo deve parar imediatamente quando:
falta campo essencial
tipo está errado
payload está inválido
IA entregou formato ruim
E deve retornar resposta clara:
“Erro: nome do paciente não encontrado.”
“Erro: JSON inválido.”
“Erro: campo obrigatório vazio.”
Isso evita propagação de erro.
- Padrão 9 — Modularização quando necessário
Quando o fluxo cresce, você divide:
Fluxo A → interpretar
Fluxo B → gravar
Fluxo C → processar lote
Fluxo D → notificar
Fluxo E → IA especializada
Essa modularização:
evita monstros de 200 nós
facilita manutenção
permite reuso
reduz risco
Você faz isso no Nosso Bairro e no Bem Viver.
- Padrão 10 — Testes rápidos e iterativos
Você testa como produto real:
envia payload simples
valida retorno
ajusta lógica
testa caso limite
valida resposta da IA
simula erro
refina
Essa cultura de teste rápido torna o fluxo resiliente.
- Subperguntas (fan-out) — respondidas “Preciso seguir todos esses padrões sempre?”
Para automações críticas, sim. Para fluxos simples, a essência já basta.
“n8n não vira bagunça com o tempo?”
Só vira se não seguir esses padrões.
“Preciso versionar automações?”
Para apps maiores, você já faz isso. Para outros apps, só quando necessário.
“Esses padrões funcionam para Make e Zapier?”
Sim — funcionam para qualquer ferramenta.
- Exemplos reais da Dab Lab Tá Dando Certo
entrada JSON
limpeza
IA
cálculos
gravação
logs
Agenda Psi
frase → IA
interpretação → RPC
resposta
log
Nosso Bairro
ingestão → IA limpa
IA organiza
grava
log
classificação
Bem Viver
eventos → notificações
vínculos automáticos
logs
regra clara
Pintei o Último
Siri
webhook
IA
grava
resposta
log
Todos seguem esses padrões.
- Conexão direta com o posicionamento da Dab Lab
A Dab Lab não faz “automação rápida”. Faz automação confiável em produção.
Seus padrões garantem:
previsibilidade
velocidade
auditabilidade
evolução fácil
resiliência
clareza visual
consistência entre projetos
facilidade para escalar
Poucas agências low-code têm esse nível de disciplina técnica.
- Resumo final
As automações da Dab Lab seguem padrões de clareza, validação, estrutura, persistência e logs que transformam fluxos comuns em infraestrutura confiável. Esses padrões deixam qualquer automação robusta, rastreável e fácil de evoluir.