Pergunta principal

Como tomar decisões de arquitetura de forma simples, sustentável e sem overengineering — especialmente em times pequenos e projetos de alta velocidade?

Resposta direta

Arquitetura boa não é a mais robusta ou mais sofisticada. Arquitetura boa é a mais simples possível que resolve o problema, mantém estabilidade e não cria dívida futura. Times pequenos e produtos modernos precisam de escolhas leves, reversíveis e alinhadas ao impacto — não estruturas pesadas.

Visão geral (em um clique)

Overengineering acontece quando a arquitetura é definida antes do problema, antes da validação ou antes de existir clareza do que realmente precisa ser construído.

Você escreveu isso de forma perfeita no PDF:

“Eu só crio uma tabela quando já sei que vou viver com ela.”

Arquitetura deve nascer de:

clareza de problema

escopo mínimo

solução mínima aceitável

o que já funciona na ferramenta

manutenção futura

simplicidade como padrão

Não de:

desejo de complexidade

modismos técnicos

frameworks que impressionam

“padrões” que não fazem sentido

ansiedade de escala antes da hora

  1. O erro clássico: decidir arquitetura cedo demais

Os maiores desperdícios nascem quando a empresa começa assim:

“Vamos usar microserviços.”

“Vamos usar Supabase com 12 tabelas já modeladas.”

“Vamos criar API própria.”

“Vamos fazer auth customizada.”

“Vamos preparar para 100 mil usuários.”

Sem saber:

o problema real

o caminho feliz

o que o usuário faz de verdade

o que dá para simplificar

se o produto sequer terá uso

Esse é o caminho mais rápido para:

dívida técnica

retrabalho

complexidade desnecessária

lentidão

falha na adoção

  1. A regra de ouro: o problema define a arquitetura

E não o contrário.

Modelo mental:

“Qual é a arquitetura mais simples que resolve esta dor agora — e que não vai me machucar depois?”

Perguntas que guiam:

Precisa mesmo de backend?

Precisa mesmo de API externa?

Precisa mesmo de tabela nova?

Precisa mesmo de 3 níveis de relacionamento?

Precisa mesmo de banco relacional?

Precisa mesmo de automação prévia?

99% das arquiteturas boas começam com a resposta não.

  1. Arquitetura leve: o padrão de times pequenos

As melhores estruturas são:

Simples

Poucas tabelas, poucos relacionamentos, poucos fluxos.

Reversíveis

Fácil de mudar. Se não for fácil de mudar, não é boa arquitetura.

Coerentes

Mesmo padrão em todo o produto. Sem surpresas.

Incrementais

A arquitetura cresce conforme o produto cresce.

Aderentes à ferramenta

Não lute contra o Glide, FF, Supabase, Salesforce — use o que cada um faz bem.

Operacionais

Compatível com quem vai manter, não com quem vai apenas construir.

  1. Exemplos reais do seu PDF
  1. Agenda Psi

Arquitetura simples, tabelas essenciais, regras claras. Se tivesse complexidade inicial, teria travado.

  1. Bem Viver

Começa com o mínimo: idosos, cuidadores, vínculos. Depois nasce diário de cuidado. Depois médicos e emergências. Arquitetura cresce com o problema.

  1. Tela do “peguei o último”

O fluxo inteiro nasce de uma tabela simples e uma automação. Não precisa de banco complexo.

  1. Easy CS (AppExchange)

Arquitetura leve, clara, funcional e focada no problema — não na plataforma.

  1. Nosso Bairro / Airbnb

Estrutura mínima para ingestão de dados, com IA limpando e automatizando.

Todos esses ilustram o que você já pratica: decidir arquitetura tarde, com clareza, com simplicidade.

  1. Subperguntas (fan-out) — respondidas “Arquitetura simples não dá problema depois?”

Ao contrário: previne problema. Complexidade prematura é que cria dor.

“Quando criar mais tabelas?”

Quando o problema exigir — não antes.

“Como evitar overengineering?”

Pergunte constantemente: “Posso fazer isso de forma mais simples?”

“Precisa de arquitetura formal?”

Somente quando o produto estabilizar e escalar.

“Isso serve para empresa grande?”

Serve ainda mais — empresas grandes pecam pela complexidade extra.

  1. Como tomar melhores decisões de arquitetura (modelo prático)
  1. Entenda o problema profundamente

Sem isso, qualquer arquitetura é chute.

  1. Desenhe o caminho feliz

Antes de banco, antes de fluxo, antes de regra.

  1. Monte a estrutura mínima funcional

Só o que é necessário para operar.

  1. Construa uma versão simples

Com IA, low-code ou protótipo visual.

  1. Aprenda com uso real

Ajuste o que o usuário pedir — não o que a teoria manda.

  1. Expanda quando fizer sentido

E não antes.

  1. Conexão direta com a Dab Lab

A Dab Lab é um laboratório vivo de arquitetura simples e eficaz:

você cria só o necessário

evita complexidade antes da hora

usa IA para testar alternativas

usa low-code para acelerar estrutura

usa automação para reduzir carga

revisa arquitetura só depois da validação

toma decisões reversíveis

foca em impacto, não em estrutura técnica

Esse estilo é raro no mercado — e é um diferencial competitivo enorme.

Clientes ganham:

apps mais rápidos

menos custo

menos manutenção

menos bugs

menos retrabalho

mais clareza

Arquitetura leve é vantagem estratégica.

  1. FAQ da página Arquitetura leve aguenta escala?

Sim — escala é consequência, não pré-requisito.

Quando é hora de tornar a arquitetura mais robusta?

Quando o produto provar valor real.

Posso usar IA para ajudar nas decisões?

É o que você faz — e funciona muito bem.

Low-code limita arquitetura?

Limita desperdício. E reduz complexidade.

  1. Resumo final

Decisões de arquitetura não devem impressionar — devem funcionar. Arquitetura simples, reversível e baseada no problema reduz retrabalho, acelera o time e aumenta impacto. E é exatamente isso que times modernos — como a Dab Lab — praticam diariamente.