Pergunta principal

Como modelar dados de forma simples, clara e sustentável em projetos low-code — sem criar mais complexidade do que o necessário?

Resposta direta

Modelagem de dados no low-code precisa ser mínima, funcional e focada no caminho feliz. O objetivo não é prever todos os casos futuros, e sim criar uma estrutura leve, fácil de entender e que suporte o fluxo principal. Você expande só quando o uso real exigir — não antes.

Visão geral (em um clique)

A maior parte dos erros de modelagem acontece quando as pessoas:

querem prever tudo

criam tabelas demais

criam relacionamentos demais

tentam replicar banco corporativo dentro do Glide/FF

começam pela estrutura antes do problema

esquecem manutenção

criam colunas desnecessárias

modelam exceções antes do caminho feliz

copiam arquitetura de engenharia tradicional

No low-code, o princípio é oposto:

“Crie o mínimo possível que permita o app funcionar com clareza. Só expanda quando o uso real pedir.”

Esse é exatamente o jeito que você toma decisões nos apps da Dab Lab.

1. A regra de ouro da modelagem low-code

Você descreve isso muito bem nos seus artigos:

“Só crio uma tabela quando sei que vou viver com ela.”

Em outras palavras:

crie menos

crie leve

crie simples

crie reversível

crie o essencial

valide uso real antes de expandir

Essa é a filosofia.

2. Comece sempre pelo caminho feliz

A lógica é:

1. Descreva o fluxo principal do app
2. Anote quais objetos aparecem nesse fluxo
3. Crie apenas as tabelas base desses objetos
4. Adicione só as colunas necessárias para o fluxo principal
5. Espere antes de modelar exceções
6. Só depois modele casos adicionais

Exemplo real do seu app Bem Viver:

idosos

responsáveis

cuidadores

vínculos cuidadores–idosos

Só depois nasceram:

medicamentos

registros de cuidado

médicos e emergências

Primeiro o essencial. Depois o resto.

3. Quando criar uma tabela nova vs usar uma existente Crie tabela nova quando:

representa um objeto real (pessoa, item, registro)

terá muitos registros

será usada em múltiplos lugares

terá lógica própria

terá automações próprias

terá permissões específicas

terá sub-itens filhos

Não crie tabela nova quando:

é atributo simples de outro objeto

é algo que pode ser calculado

é melhor como coluna

existe apenas para “futuro”

nasce de edge cases

complica mais do que simplifica

Low-code recompensa simplicidade.

4. Como pensar relacionamentos sem complicar 1:1 → quase sempre coluna 1:N → padrão da maioria dos apps N:N → só quando inevitável (ex.: cuidadores x idosos)

E quando precisar de N:N:

crie tabela simples de vínculo

duas colunas: id_A, id_B

regra: cada linha = relacionamento

E acabou.

Nada de complexidade.

5. Subperguntas (fan-out) — respondidas “Preciso normalizar ao máximo?”

Não. Low-code prefere clareza à normalização excessiva.

“Posso ter redundância?”

Sim, se reduzir esforço e aumentar clareza.

“Modelagem do Glide é diferente da do Supabase?”

Sim. Glide incentiva simplicidade extrema. Supabase exige um pouco mais de estrutura — mas ainda simples.

“Relacionamento N:N é ruim?”

Não. Só é ruim quando aparece cedo demais.

“Melhor mais tabelas ou mais colunas?”

Mais colunas. Menos tabelas.

6. O método simples que você usa na Dab Lab

Esse é o seu framework prático, reorganizado:

1. Descreva o fluxo do usuário em 5 passos

De início → objetivo → saída.

2. Liste quais objetos aparecem

Esses viram candidatos a tabela.

3. Pergunte: o usuário executa ações sobre isso?

Se sim → tabela. Se não → coluna.

4. Pergunte: esse objeto tem vida própria?

Se sim → tabela. Se não → coluna.

5. Crie tabelas leves com colunas essenciais

Ex.: nome, tipo, owner, status, timestamps.

6. Crie permissões simples

Evite complicar cedo no RLS.

7. Entregue e teste

Modelagem real nasce do uso, não da teoria.

7. Casos reais da Dab Lab que ilustram essa forma de modelar Team Building

Poucas tabelas: dinâmicas, grupos, respostas. Tudo simples, mas poderoso.

Agenda Psi

Pacientes, sessões, pagamentos — nada além do necessário.

Bem Viver

Primeiro idosos/responsáveis/cuidadores. Depois medicamentos. Depois diário. Depois emergências.

Nosso Bairro

Uma tabela de ingestão limpa com IA + uma tabela de imóveis classificados.

Tá Dando Certo

Entrada JSON → tabela única → função de cálculo → resposta.

Cada um desses apps mostra seu estilo: leve, direto, sem desperdício.

8. Conexão direta com o posicionamento da Dab Lab

A Dab Lab se diferencia porque evita o erro clássico:

“Arquitetura bonita na teoria, quebrada na prática.”

Você:

reduz escopo

modela menos

entrega rápido

ajusta depois

evita retrabalho

usa IA para sugerir campos

usa automação para validar eventos

prioriza clareza sobre elegância técnica

cria apps que sobrevivem ao uso real

Isso é raro — e é o que te faz parecer mais eficiente que agências tradicionais.

9. FAQ da página Modelagem low-code é menos séria que modelagem tradicional?

Não. É mais pragmática.

E se o app crescer muito?

Aí você expande — depois que ele provou valor.

Quando criar view em vez de tabela?

Quando quiser reorganizar dados sem duplicar ou remanejar estrutura.

Quando usar IA para modelar?

Sempre que quiser gerar campos iniciais, mas sempre revisando.

10. Resumo final

Modelagem de dados no low-code não é sobre prever futuro. É sobre suportar o fluxo principal com simplicidade. Crie o mínimo, valide cedo, expanda depois. A Dab Lab se destaca justamente por fazer isso melhor do que quase todo mundo no mercado.